O Braga não é um grande... É um Enorme!!! 100% Bracarense

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Jaílson o "artilheiro" Brasileiro

Jaílson é sinónimo de golo. Esta é pelo menos a versão que corre em Caruaru, a capital do forró, cidade onde se presta a maior homenagem a S. João, e onde o atacante arsenalista nasceu. Foi aí que enfrentou tempos difíceis, com a resignação própria de uma criança, feliz por ter uma bola atrás da qual correr, mesmo nos dias em que as dificuldades o obrigavam a sair de casa sem pequeno-almoço. Ausência superada com o arroz e feijão das restantes duas refeições do dia, comprados com o esforço dos pais, Josué (falecido em 2002) e dona Severina. Nas ruas do bairro, primeiro apenas pelo simples gosto de jogar futebol, e depois, já na escolinha de Élio Nascimento, este caçula de um rancho de seis irmãos começou a sonhar ser profissional de futebol. Por isso tentou a sorte no Porto, um dos dois clubes de Caruaru, no interior do nordestino estado de Pernambuco. Era então um rapaz já espigadote, com 14 anos. E ficou por lá durante cinco anos, altura em que, ao mostrar qualidades, gerou o interesse dos principais clubes de Recife, a capital do estado de Pernambuco, acabando por se vincular ao Santa Cruz, onde o seu instinto goleador ficou mais visível. Dois anos depois era transferido para o Marília (S. Paulo), regressando no ano seguinte a Recife, para defender as cores do Sport. As mudanças não pararam. Na época seguinte estava de novo em S. Paulo, no Palista de Jundiaí, seguindo-se o Corinthians, mas apenas por dois meses, uma vez que rapidamente as suas qualidades convenceram os observadores do Rubin Kazan, da Rússia. E provocaram a sua primeira aventura fora do Brasil. Longe da família, dos amigos e do calor, mas tarimbado pelas dificuldades do início da sua vida, que entretanto se foram diluindo com o evoluir da carreira, nunca hesitou. Na Rússia não lhe faltou apenas o arroz e o feijão. Somou a sua primeira grande contrariedade em termos de carreira, ao perder o estatuto de titular a que se acostumara em todos os clubes por onde passou. Valia, pelo menos, a realização em termos financeiros. Ganhou disponibilidade para poder ajudar a família e fazê-la mais feliz entre tanta humildade. Mas a frieza dos russos, inclusive a do treinador, que nem sequer o ouvia, desiludiu-o. Cinco meses depois da chegada estava a viajar de novo, agora para Lisboa, onde o esperava um contrato com o Benfica, válido por cinco anos. O primeiro dos quais, ficou desde logo determinado, seria em Braga. E é na Cidade dos Arcebispos, onde reside na companhia da esposa Naiara e do filho Ítalo, que tem um ano e três meses, que este atacante - gosta de desempenhar as funções de segundo ponta-de-lança- se sente agora feliz e vai tentar provar a fama que o precede. Marcando golos, claro.
in O JOGO

0 comentários: