O Sp. Braga arrancou a ferros a segunda vitória da época e temporariamente encostou-se a Marítimo e F.C. Porto na liderança da Liga. Um triunfo suado até dizer chega e que por isso soube bem melhor. Os assobios que acompanharam alguns momentos, deram claro lugar a olés no fim. Quando tudo pareceu acabar bem. O E. Amadora esteve mais de um hora em vantagem e deixou bons indicadores. Mostrou que pode ser uma boa surpresa neste campeonato. Tens objectivos modestos, mas segue-os à risca. É compacta, concentrada, explora bem o contra-ataque, nunca se nega a manter a defesa adversária sob aviso e é forte nas bolas paradas. Esta noite estes méritos quase chegaram para dar uma vitória que esteve à vista, mas que acabou por ser anulada por uma reacção muito forte de um Sp. Braga que compensa em querer o que para já ainda lhe falta em talento. A formação de Jorge Costa tem valores para morder os calcanhares aos grandes, mas ainda não é forte colectivamente. Sempre a carregar até à vitória...Sobretudo durante a primeira parte e um bom pedaço da segunda notou-se como ainda é necessário trabalhar os mecanismos colectivos. Os bracarenses até conseguiam ter a posse de bola e mandar claramente no jogo, mas nas saídas para os ataques algo falhava quase sempre: perdia-se tempo, perdiam-se bolas, era difícil ganhar a linha de fundo e com tudo isso tornava-se mais fácil a tarefa do E. Amadora em ir segurando a vantagem madrugadora do golo de Ndiaye. De toda a primeira parte, aliás, só sobraram duas ocasiões de golo de Vandinho, ambas desperdiçadas com remates que saíram ao lado. Para a segunda parte Jorge Costa apostou tudo. Começou por tirar um médio defensivo (Madrid) para colocar um mais ofensivo (Castanheira) e perdeu a cabeça quando tirou um lateral (César Peixoto) para lançar um extremo (Zé Manuel). A partir desse instante começou a jogar só com três defesas e quatro avançados, o que fez a equipa carregar, carregar, até chegar ao golo. A entrada de Zé Manuel, aliás, foi fundamental pela capacidade que trouxe à equipa de criar perigo pelos flancos. O Sp. Braga ganhou motivação até ao momento em que empatou o jogo e a partir daí lançou-se para vitória. Que chegou apenas nos dez minutos finais, quando já haveria muita gente a contar que não acontecesse. O E. Amadora, de resto, esteve 82 minutos na liderança da Liga. Para uma equipa modesta como esta, não deixa de ser um facto bonito. Acabou por não aguentar a pressão muito forte de um adversário superior e que contou com o apoio de nove mil entusiastas adeptos. Adeptos esses que no final já nem se lembravam do golo mal anulado a Hussaine ainda na primeira parte, naquele que foi o único erro grave do árbitro Rui Costa num jogo difícil e que inclui ainda um golo bem anulado ao Estrela. BWIN LIGA - 3.ª JORNADA Estádio Municipal de Braga Hora: 18:45 Árbitro: Rui Costa (Porto) SP. BRAGA Dani; João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge e César Peixoto; Madrid, Vandinho e João Pinto; Hussaine, Linz e Wender Suplentes: Ricardo, Castanheira, Frechaut, Zé Manuel, Jaílson, Anílton Júnior e Stélvio Treinador: Jorge Costa E. AMADORA Nélson; Rui Duarte, Maurício, Wagnão e Cardozo; Fernando, Tiago Gomes e Mateus; Pedro Pereira, Moses e Ndiaye Suplentes: Pedro Alves, Daniel, Anselmo, Nuno Viveiros, Marco Paulo, Hugo Carreira e Moreno Treinador: Daúto Faquirá in maisfutebol in RECORD |
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